Como criar um Brand Guide profissional?

Vamos falar sobre diretrizes de marca? Muita gente pensa: “Precisa mesmo? Não é só entregar o logo e a paleta de cores?”

Mas se você trabalha com identidade visual, um Brand Guide bem feito é o que garante que o seu projeto continue fazendo sentido mesmo depois da entrega. Ele transforma o design em um sistema, não só em algo bonito.

Um Brand Guide é como o manual da identidade da marca. Ele explica como aplicar os elementos visuais do projeto, como cores, tipografia, logotipo, elementos gráficos de forma consistente, alinhada à proposta. E, mais importante ainda: ele evita que que a marca perca a consistência ao longo dos anos.

Quando a gente não entrega esse material, o cliente acaba usando tudo do jeito que acha melhor: aplica o logo fora de proporção, escolhe cores aleatórias, mistura tipografias… aos poucos, o que era um sistema bem pensado vira um visual confuso e desconectado. E isso, além de enfraquecer o projeto prejudica a marca do cliente.

O que um bom Brand Guide deve ter?

1. Essência da marca

Aqui a gente contextualiza a marca, trazemos a personalidade e público-alvo. Essa parte é importante porque mostra que o design não nasceu do NADA, ele foi construído com base em algo maior. Contextualizar a essência da marca é como uma bússola, ajudando o cliente (e qualquer outro profissional que vá usar esse guia no futuro) a entender o porquê de cada escolha visual feita ao longo do projeto.

2. Paleta de cores

E não, não basta só colocar bolinhas com as cores principais. Um bom guia apresenta os códigos CMYK, RGB e se necessário o Pantone de cada cor, garantindo que ela seja reproduzida corretamente em qualquer material. Também é importante indicar o uso correto dessas cores em fundos claros ou escuros, explicar quais são as cores primárias (as mais usadas) e quais são secundárias (de apoio), além de dar exemplos de combinações que funcionam dentro da identidade. Isso evita que a marca comece a ser aplicada com tons parecidos mas que não são os corretos e ajuda a manter a consistência em tudo.

3. Tipografia

O ideal é mostrar quais são as fontes principais e secundárias da marca, e detalhar a hierarquia tipográfica: quais estilos usar em títulos, subtítulos, corpo de texto, destaques, etc. Também vale mostrar visualmente essas aplicações, mostrar o mesmo texto formatado com diferentes hierarquias pra deixar mais claro. Além disso, se existem regras de espaçamento, entrelinhas, ou mesmo combinações recomendadas com outras fontes.

4. Aplicações do logotipo

É aqui que você mostra todas as versões do logo: versão principal, reduzida, em negativo, em uma cor só, horizontal, vertical tudo o que for necessário. Além disso, inclua regras claras de uso: qual o espaço mínimo ao redor, em que tipo de fundo pode (ou não) ser usado, e o mais importante, o que não fazer com o logo. Essa parte salva vidas. Mostrar exemplos de usos incorretos, como distorções, sombras, mudança de cor, aplicação em fundo poluído… ajuda o cliente a não cometer erros clássicos que podem comprometer a identidade da marca.

5. Elementos gráficos

A parte dos elementos gráficos de apoio, como ícones, padrões, ilustrações, texturas ou até elementos criados pra campanhas específicas. Eles ajudam a dar mais riqueza visual à identidade e oferecem alternativas pro cliente usar nos materiais do dia a dia sem precisar “inventar” elementos novos. É aqui que a marca começa a ganhar vida além do logo e isso faz toda a diferença em aplicações futuras.

6. Exemplos de aplicação

É fundamental mostrar exemplos reais de aplicação da identidade visual. Isso pode incluir mockups de papelaria, redes sociais, site, brindes, embalagens, entre outros. Quanto mais real for essa simulação, mais fácil pro cliente visualizar como aquela identidade vai se comportar no mundo. É isso que ajuda ele a entender o valor do sistema que você criou, não só como estética, mas como funcionalidade e estratégia de comunicação.

Se você ainda tem dúvidas sobre como montar um Brand Guide ou quer ver exemplos reais de marcas que aplicam isso de forma profissional, recomendo muito visitar o site brandingstyleguides.com. É uma biblioteca online recheada de guias de marcas famosas como Coca-Cola, McDonald’s, Burger King, entre muitas outras.Vale demais como inspiração e pra entender como essas marcas organizam suas diretrizes de forma estratégica e consistente.

É importante lembrar que não existe uma fórmula única ou um modelo obrigatório, cada marca tem suas particularidades. Mas existem boas práticas que fazem toda a diferença pra manter a coerência visual ao longo do tempo, principalmente quando outras pessoas passam a trabalhar com aquela identidade.

E se você quer economizar tempo e já começar com uma estrutura pronta, eu desenvolvi um Brand Guide editável, com base na minha experiência e nos guias que estudei ao longo dos anos.Testei vários formatos até chegar em um modelo funcional, bonito e fácil de personalizar ideal pra quem quer entregar um projeto mais completo e profissional.

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Brand Guide (Manual da Marca)

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